27 de jun. de 2011

O QUE FAZER QUANDO UMA CRIANÇA APRESENTA SINAIS DE DISLEXIA

Nas últimas décadas, a dislexia é um dos distúrbios de aprendizagem  que  tem comprometido crianças na idade escolar. Geralmente começa a ser notada na fase de alfabetização. Mas, na pré-escola já é possível perceber algumas características na criança quando esta apresenta alguns sinais para desenvolver problemas de leitura.  
Então resolvi escrever aqui no blog uma pequena orientação sobre este assunto.
A dislexia é uma dificuldade acentuada que ocorre no processo da leitura e da escrita. É uma incapacidade de ler, como as outras crianças, apesar de possuir uma inteligência normal e boa saúde.
Dislexia é uma desordem na maneira pela qual o cérebro processa a informação. É uma disfunção neurológica. Hoje, pesquisas recentes mostram que o problema estaria ligado a alguns cromossomos, responsáveis em associar a representação visual das sílabas aos seus respectivos sons. É enfim, uma combinação de habilidades e dificuldades.
Não se pode chamar de "dislexia" toda e qualquer "dificuldade" ligada à leitura e/ou a escrita, bem como as Dificuldades de Aprendizagem que podem ter por base: déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, problemas emocionais, inadaptação ao método pedagógico, possíveis falhas no processo de alfabetização.
Quanto mais cedo a dislexia for identificada e forem  tomadas as medidas de tratamento necessárias, maiores serão os benefícios para essas crianças. Por isso, é muito importante o parecer da escola, dos pais, o levantamento do histórico familiar e a evolução dessas crianças.
 O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar: pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, neurologistas, oftalmologistas e outros. Essa equipe deve observar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. Essa avaliação é muito importante, tanto na identificação das causas das dificuldades apresentadas, quanto na  orientação em relação ao encaminhamento adequado para cada caso.
 Após uma avaliação completa e multidisciplinar da criança disléxica, é possível iniciar o processo de intervenção. Cada criança tem necessidades diferentes, por isso o tratamento deve ser individualizado.
Deve haver harmonia, colaboração e uma parceria constante entre o profissional, o educador, a criança e sua família para alcançar resultados positivos.  
A família precisa buscar informações e aprender tudo que puder sobre dislexia, buscando estratégias e alternativas  para poder ajudar seu filho a lidar com a situação elevando sua auto estima. Deve mostrar aos seus filhos suas habilidades e capacidades em relação ao seu desempenho.
É importante que o educador diga a ela que a dislexia é um problema que pessoas inteligentes têm em relação à leitura, mas que ela aprenderá a ler. Faça com que ela se sinta segura e aceita não só pelo próprio professor como pelos colegas.
O educador deve tomar muito cuidado a usar suas estratégias, não deve fazer o processo de aprendizagem como competição.  Mostrar para a criança que entende sua dificuldade, e que está do seu lado para ajudá-la e motivá-la a superar este conflito. É necessário que o professor desenvolva atividades específicas para este aluno.
Em vista deste distúrbio devemos conhecer a criação de centro de estudos e associações em vários países. Aqui no Brasil temos a Associação Brasileira de Dislexia (ABD).
O mais importante é que a criança disléxica sinta apoio de sua família e educadores para que alcancem suas metas, sonhos e se tornem adultos felizes e bem sucedidos.

This work by Margaret Pires is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported License.