6 de jan. de 2014

ESTE TEMA CONTINUA POLÊMICO: INCLUSÃO ESCOLAR

É preciso estar atento ao falar em inclusão escolar no que se refere à adaptação das escolas para receber alunos com dificuldades  de aprendizagem ou alguma necessidade mais específica.
Primeiramente precisamos refletir que em muitas dificuldades apresentadas na aprendizagem nas escolas nem sempre a criança apresenta alguma deficiência.
Muitas vezes esta dificuldade acontece por falta de recursos educacionais e por conta de profissionais que estão atuando sem o preparo necessário para atender as solicitações e necessidades de seus alunos. Dentre os fatores que podem influenciar na inclusão e na aprendizagem podemos listar os seguintes: a maneira de ensinar, estratégias utilizadas, falta de criatividade, desinteresse em buscar projetos novos e motivadores, forma de avaliar, atividades extracurriculares que não condizem com o aprendizado, profissionais não capacitados, coordenação desinteressada, problema de relacionamento entre o educador e o aluno, falta de orientação aos pais.
Tudo influencia e dificulta a inclusão nas escolas. Aceitar matricular uma criança com dificuldade de aprendizagem ou até mesmo com um transtorno de aprendizagem não significa incluir esta criança na escola.
A escola tem que ser acessível para todos, usando recursos educacionais adaptados à necessidade da criança na sua individualidade. A inclusão é um processo de adaptação da escola para que ela atenda as necessidades buscando os melhores meios para a criança aprender e estar inserida neste contexto. Portanto, não se trata de ajustar este aluno no contexto escolar, mas sim, o contrário. E isso infelizmente não tem acontecido da forma como deveria ser.
É muito difícil tanto para a escola quanto para os professores atenderem estas necessidades, pois se sabe que dependendo da deficiência, principalmente quando é neurológica, é necessário um atendimento diferenciado. Porém, se essa inclusão for obtida com êxito toda a comunidade escolar será beneficiada. Precisamos também incentivar nossos alunos a serem solidários e conviver com as diferenças, assim a escola terá como objetivo o bem comum, tanto para a criança com deficiência como também para as outras.
Em relação à criança com dificuldade de aprendizagem, o professor precisa ter uma compreensão no processo neurobiológico para entender como funciona a aprendizagem dessa criança em relação ao cérebro e ao sistema nervoso.
Os termos distúrbios, transtornos, dificuldades e problemas de aprendizagem têm sido usados de forma aleatória, mas na verdade cada um tem suas particularidades. Esse conhecimento com certeza favoreceria a aprendizagem e diminuiria de forma significante esses problemas. (PANISSET, 2008). E isso é conseguido através da capacitação dos profissionais por intermédio de cursos, leituras e discussões.
De qualquer forma, falta um olhar diferenciado para essas crianças, pois muitas vezes um encaminhamento psicopedagógico resolveria a angústia dessas crianças que acabam sendo discriminadas e não incluídas na instituição escolar. Além disso, na maioria das vezes, em um período curto de acompanhamento esse processo de aprendizagem seria resolvido e a criança continuaria sua vida escolar sem mais nenhuma defasagem.