27 de jan. de 2013

VOLTA ÀS AULAS!!!! VAMOS INCLUIR NOSSOS ALUNOS!


A instituição escolar deve estar preparada para modificar sua estrutura não só para favorecer esses alunos de inclusão, mas propiciar essa mudança para inovar a aprendizagem de todos os alunos.
Na prática, o professor da educação regular é a figura essencial para fazer a acolhida da criança com algum distúrbio, transtorno ou deficiência. Não é fácil para esse educador, pois além de ter que cumprir seu planejamento, respeitar as ordens e exigências pré-estabelecidas, ele tem que acompanhar essas crianças descobrindo as singularidades de cada uma e estabelecer com elas uma relação de confiança. E ainda existe muito preconceito em relação à inclusão desses alunos, pois alguns educadores ainda têm a visão de que esses alunos são incapazes e não vão conseguir atingir seus objetivos. O correto é olhar esses alunos respeitando suas individualidades e acima de tudo aprender a escutá-los. O importante é incluí-los na sociedade e auxiliá-los para que conquistem sua autonomia e independência dentro do limite de cada um.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação especial, previsto por lei, que deve complementar ou suplementar à escolarização no contraturno, mas jamais substituí-la. São atividades diferenciadas daquelas realizadas em salas de aula comum que proporcionam recursos pedagógicos mais específicos para trabalhar as necessidades desses alunos.
Seria um espaço dentro da dependência escolar chamada Sala de Recursos Multifuncionais, que atenderiam os alunos com deficiência. Mas, a escola deve contratar professores especializados em Educação Especial e proporcionar materiais específicos para esses alunos matriculados com alguma deficiência.
O mais importante é que os professores que forem atuar nessas salas multifuncionais tenham um perfil adequado, que estejam emocionalmente preparados e que gostem do que estão fazendo. Cabe ao professor da turma a responsabilidade pela aprendizagem, mesmo tendo professor de apoio especializado. O professor da sala regular é o responsável pela aprendizagem desses alunos. Sendo assim, a parceria e a troca entre o professor responsável pela sala e o professor de AEE, é essencial para o desenvolvimento dos alunos com deficiência.
É necessário que haja estratégias pedagógicas diferenciadas e que o educador aceite e seja capacitado para absorver novos conceitos, modificar e inovar seus saberes. O resultado e os benefícios são para todos os alunos e não somente para as crianças com deficiência.
Para que realmente haja inclusão é necessário um novo paradigma educacional. É preciso aceitar o ser humano como seres essencialmente diferentes e que essa diferença jamais possa servir de pretexto para discriminar o melhor do pior, o certo ou errado. Somos seres únicos, cada um com suas dificuldades e facilidades. Assim também é o deficiente.
Temos que aceitar que o corpo e a mente não são pares distintos, sendo assim, o educador deve respeitar as diferenças intelectuais de cada aluno, que é o estabelecido na teoria das diferenças múltiplas, de Gardner.
Outra coisa importante é fazer da aprendizagem algo significativo, em que esses alunos poderão aplicar esse conhecimento adquirido para suas vidas em sociedade.
Para atingir a meta essencial de uma educação inclusiva se faz necessário que o educador acredite que possa haver realmente essa inclusão, mudando sua maneira de pensar e trazendo uma educação de qualidade de forma significativa para todos seus alunos. É necessário enxergar os alunos como seres capazes de aprender dentro de suas capacidades e buscar desenvolver o potencial que cada um traz dentro de si, com ou sem dificuldade ou deficiência, olhando para eles como seres únicos e identificando suas qualidades e competências.
“É essencial que a equipe pedagógica da escola conheça seus limites e, portanto, saiba dimensionar a ajuda que efetivamente pode oferecer. Jamais os professores devem recear pedir ajuda, buscar auxílio, pleitear colaboração de psicopedagogos e outros profissionais”. (Celso Antunes)