15 de out. de 2018

O ano escolar está terminando. E seu filho, como está?


Mesmo que a criança ou adolescente se dedique aos estudos, muitas vezes, ela não consegue ter um bom rendimento na escola e nem se sair bem nas avaliações.
Surge também um desinteresse pela aprendizagem formal, em aceitar as exigências da escola, realizar as tarefas e trabalhos, ter um hábito de estudo contínuo para as provas. Isso causa um aborrecimento para a família e também para a escola.
Muitos pais, professores e, até mesmo, a escola não conseguem compreender porque o aluno age dessa forma, inclusive tirando notas baixas. Afirmam que não entendem esse comportamento se a criança ou adolescente não apresenta “nenhum problema”.
É preciso analisar e procurar o motivo desse desinteresse, pois, não adianta observarmos apenas o resultado final. Problemas de baixa autoestima, problemas de socialização com os colegas, prejuízo na aprendizagem, fracasso escolar e até a depressão podem estar acometendo essa criança ou adolescente, que, ao contrário do que achamos, já apresenta muitos problemas.
Infelizmente, muitos pais e professores não procuram saber o porquê disso estar ocorrendo e a situação tende a se agravar. Com o tempo, o problema vai aumentando e, muitas vezes, afasta a criança e o jovem, não só da aprendizagem, como também da oportunidade que poderá ter futuramente tanto no seu crescimento pessoal como profissional e social.
Não podemos descartar a aprendizagem fundamental como ler, escrever, interpretar e raciocinar. Essas competências fazem parte da escolaridade e têm que ser adquiridas.
Porém, em cada pessoa as inteligências se combinam de forma diferente. Como diz Howard Gardner: “A Educação precisa justificar-se realçando o entendimento humano”.
De qualquer forma, a criança e o adolescente têm que atingir notas para serem aprovados, mesmo respeitando suas inteligências múltiplas. Isso se faz necessário para dar continuidade no seu desempenho escolar.
Então, é preciso avaliar o que está por trás desse desinteresse e dessa desmotivação diante da aprendizagem.
O que acontece com frequência é que boa parte das crianças não percebe ou desconhece a importância de atingir sucesso na vida escolar. Não são motivadas, nem respeitadas dentro da família e da escola como um ser único e limitado.
Essas crianças, muitas vezes, recebem rótulos de crianças preguiçosas, bagunceiras e desatentas. Sendo assim, não desenvolvem a autoestima necessária para buscar uma aprendizagem significativa.
Hoje em dia muitas crianças e jovens estão desmotivados, frustrados e muitos ansiosos diante da situação de insucesso que estão enfrentando na escola.
E isso gera um prejuízo no seu desenvolvimento não só intelectual e cognitivo, como também social e emocional.
Isso é frequentemente notado nas avaliações psicopedagógicas.
É preciso que a escola e a família estejam conscientes do que está ocorrendo com essas crianças e jovens e busquem juntas as causas para encontrar a solução desse desinteresse.
Nessa situação é importante procurar ajuda de um profissional especialista em psicopedagogia para diagnosticar, dar suporte e intervir positivamente nesse processo de aprendizagem. Isso vai facilitar a construção da autoestima do eu cognocente (intermediação entre desejo e razão) e buscar os obstáculos que impedem essa construção do conhecimento.