Diariamente, chegam crianças e jovens às escolas com seus “rótulos”: desatentos, desmotivados, avoados, problemáticos, preguiçosos, irresponsáveis, desorganizados, rebeldes...
Esses comportamentos,
dependendo da sua frequência e intensidade, são caracterizados como Transtorno
de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDHA) e vêm gerando muita angústia em
pais, crianças, jovens e professores.
O Transtorno do Déficit de
Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico de causas
genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por
toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e
impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).
Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. (http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html)
Tenho atendido em meu
consultório várias crianças com suspeita ou diagnóstico já concluído de Transtorno
de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDHA). Junto com essas crianças e jovens
chegam pais aflitos, inseguros, querendo saber sobre o transtorno e o que podem fazer para seus filhos terem sucesso.
Nós, educadores, deveríamos
refletir por que nossas crianças e jovens andam tão desatentos, agitados e
apáticos?
Por que, cada dia mais, tantas
crianças estão aparecendo em nossas escolas com esses comportamentos e logo
vamos nos antecipando dizendo que são hiperativas?
Segundo Russel A. Barkley
(2002), infelizmente, muitos professores são desinformados sobre o TDAH ou
estão desatualizados quanto ao conhecimento do transtorno e seu controle.
Pais e professores podem juntos
encontrar o melhor caminho a ser percorrido. Nem sempre há necessidade de
medicamentos, existem alternativas antes de usar o medicamento. Muitas vezes
uma terapia fará com que a criança aprenda a se adaptar e enfrentar suas
dificuldades, além de descobrir novas formas de lidar com elas. Um
acompanhamento psicopedagógico poderá ajudar a criança e o jovem a descobrir
novas estratégias de aprender e estudar.
É de extrema importância que
a criança seja acompanhada e diagnosticada corretamente, mesmo porque o
diagnóstico é apenas um ponto de partida para dar continuidade ao tratamento.
O mais importante é que essas
crianças e jovens se sintam aceitos e principalmente amados pelos pais e professores
apesar de suas dificuldades e limitações, já que normalmente eles se sentem
angustiados e fracassados por não conseguirem ser como seus colegas.
Cabe ao educador buscar
novas estratégias, ter mais compreensão e procurar olhar seus alunos como seres
únicos que têm possibilidades de se desenvolverem, respeitando o tempo de cada
um. Devemos também ficar atentos, pois nem todas as crianças e jovens agitados
e desatentos são portadores de TDAH.
(foto retirada do google)