7 de abr. de 2015

PAIS E EDUCADORES ESTÃO PREPARADOS PARA SABER SE A CRIANÇA É PORTADORA DE TDAH?

 Diariamente, chegam crianças e jovens às escolas com seus “rótulos”: desatentos, desmotivados, avoados, problemáticos, preguiçosos, irresponsáveis, desorganizados, rebeldes...

Esses comportamentos, dependendo da sua frequência e intensidade, são caracterizados como Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDHA) e vêm gerando muita angústia em pais, crianças, jovens e professores.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. (http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html)
Tenho atendido em meu consultório várias crianças com suspeita ou diagnóstico já concluído de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDHA). Junto com essas crianças e jovens chegam pais aflitos, inseguros, querendo saber sobre o transtorno e o que  podem fazer para seus filhos terem sucesso.
Nós, educadores, deveríamos refletir por que nossas crianças e jovens andam tão desatentos, agitados e apáticos?
Por que, cada dia mais, tantas crianças estão aparecendo em nossas escolas com esses comportamentos e logo vamos nos antecipando dizendo que são hiperativas?
Segundo Russel A. Barkley (2002), infelizmente, muitos professores são desinformados sobre o TDAH ou estão desatualizados quanto ao conhecimento do transtorno e seu controle.
Pais e professores podem juntos encontrar o melhor caminho a ser percorrido. Nem sempre há necessidade de medicamentos, existem alternativas antes de usar o medicamento. Muitas vezes uma terapia fará com que a criança aprenda a se adaptar e enfrentar suas dificuldades, além de descobrir novas formas de lidar com elas. Um acompanhamento psicopedagógico poderá ajudar a criança e o jovem a descobrir novas estratégias de aprender e estudar.
É de extrema importância que a criança seja acompanhada e diagnosticada corretamente, mesmo porque o diagnóstico é apenas um ponto de partida para dar continuidade ao tratamento.
O mais importante é que essas crianças e jovens se sintam aceitos e principalmente amados pelos pais e professores apesar de suas dificuldades e limitações, já que normalmente eles se sentem angustiados e fracassados por não conseguirem ser como seus colegas.  
Cabe ao educador buscar novas estratégias, ter mais compreensão e procurar olhar seus alunos como seres únicos que têm possibilidades de se desenvolverem, respeitando o tempo de cada um. Devemos também ficar atentos, pois nem todas as crianças e jovens agitados e desatentos são portadores de TDAH.







 (foto retirada do google)