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3 de ago. de 2024

Como está sendo o dia a dia das famílias com seus filhos depois da informática e do desenvolvimento da tecnologia?

 

A introdução e o desenvolvimento da informática e da tecnologia transformaram significativamente o dia a dia das famílias e a dinâmica com seus filhos. 

Os avanços tecnológicos trouxeram muitos benefícios, mas também geraram alguns prejuízos em relação ao ambiente familiar:

A presença constante de dispositivos tecnológicos pode reduzir o tempo de qualidade entre os membros da família. As interações face a face pode ser substituídas por interações virtuais, o que pode enfraquecer os laços familiares

A tecnologia proporcionou novas ferramentas e recursos educativos, como aplicativos de aprendizado, cursos online, e acesso instantâneo a informações. As crianças podem aprender de maneira mais interativa e personalizada.

O acesso a jogos eletrônicos, streaming de vídeos, e redes sociais mudou a forma como as crianças passam seu tempo livre. Isso pode tanto enriquecer quanto distrair, desviando a atenção das interações familiares e das responsabilidades domésticas, dependendo do uso.

Com a tecnologia, a comunicação entre pais e filhos se tornou mais fácil e imediata, com o uso de mensagens de texto, chamadas de vídeo, e aplicativos de redes sociais. Mas, o uso excessivo de tecnologia pode levar ao isolamento social dentro do próprio lar

Os pais podem usar tecnologia para monitorar as atividades online dos filhos, rastrear suas localizações, e estabelecer controles parentais para proteger contra conteúdos inapropriados.

Muitos pais enfrentam dificuldades em estabelecer limites saudáveis para o uso de tecnologia pelos filhos, o que pode levar a conflitos e desentendimentos familiares.

A facilidade de acesso à internet pode expor crianças e adolescentes a conteúdos inadequados ou perigosos, o que pode gerar preocupação e tensão entre os membros da família. Esses prejuízos não significam que a tecnologia deva ser evitada completamente, mas sim que é importante encontrar um equilíbrio e implementar estratégias que promovam o uso saudável e consciente da tecnologia dentro do ambiente familiar.

O uso excessivo de tecnologia pode impactar o desenvolvimento social e emocional das crianças. É importante que os pais incentivem interações pessoais e atividades físicas. A presença dos pais na vida dos filhos é fundamental para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo das crianças. Fortalece os laços familiares, proporciona apoio emocional e uma base segura. 





6 de jun. de 2024

Por que fazer uma intervenção psicopedagógica preventiva?

 

A intervenção psicopedagógica preventiva tem como objetivo evitar o aparecimento ou agravamento de dificuldades de aprendizagem e outros problemas relacionados ao desenvolvimento cognitivo e emocional dos alunos. Esse tipo de intervenção envolve diversas etapas e estratégias.

Começa com uma avaliação com o aluno. Isso inclui a identificação de possíveis fatores de risco que possam interferir no aprendizado, como dificuldades familiares, emocionais ou sociais. Ferramentas como entrevistas, questionários, observações e testes padronizados são utilizadas para obter uma visão completa das necessidades do aluno.

 Com base na avaliação, são desenvolvidos planos de intervenção personalizados. Esses planos incluem atividades e estratégias específicas para desenvolver habilidades cognitivas, sociais e emocionais. O objetivo é fortalecer áreas que possam representar alguma dificuldade e proporcionar um ambiente de aprendizado mais favorável.

As estratégias de intervenção, sempre de forma individualizada, trabalham atividades de estimulação cognitiva, concentração, memória, organização, aprende superar os desafios.

A colaboração com professores, pais e outros profissionais da educação é muito importante para garantir que as intervenções sejam consistentes e eficazes.

 A intervenção preventiva é um processo contínuo que requer monitoramento. O progresso dos alunos é acompanhado para avaliar as estratégias adotadas se estão sendo eficazes. Com base nesses dados, os planos de intervenção podem ser ajustados para melhor atender às necessidades dos alunos.

Essas etapas permitem uma abordagem proativa na educação, visando a criação de um ambiente de aprendizagem que promove o sucesso e o bem-estar geral dos alunos.



26 de jan. de 2024

O olhar da psicopedagoga para o desenvolvimento do aprendente orientando a família.

 

A Psicopedagogia contribui para o desenvolvimento positivo na família ao oferecer suporte na identificação de dificuldades de aprendizagem, promover estratégias eficazes de ensino-aprendizagem, e fortalecer a comunicação e interação familiar para criar um ambiente propício ao crescimento educacional e emocional das crianças.

Um dos maiores problemas enfrentados pelos pais em relação aos filhos na escola é a falta de comunicação eficaz. Muitas vezes, os pais sentem que não estão recebendo informações suficientes sobre o progresso acadêmico e comportamental de seus filhos. Além disso, a preocupação com o desempenho escolar e o desenvolvimento social dos filhos também pode ser um desafio significativo para os pais. Outras preocupações incluem bullying, adaptação a novos ambientes e mudanças de rotina. É importante para os pais e escola manterem canais de comunicação abertos para abordar essas questões e trabalhar juntos em prol do bem-estar dos alunos.

O psicopedagogo colabora com a família ao:

·        Identificar e compreender as necessidades educacionais do filho.

·        Desenvolver estratégias para superar dificuldades de aprendizagem.

·        Promover um ambiente familiar que estimule a aprendizagem.

·        Orientar os pais sobre métodos e recursos pedagógicos adequados.

·        Facilitar a comunicação entre família e escola para alinhar esforços.

A colaboração da família no trabalho psicopedagógico é essencial para obter resultados positivos. Isso pode envolver:

·        Participação ativa: Engajamento e participação nas sessões psicopedagógicas.

·        Compartilhamento de informações: Fornecer insights sobre o ambiente familiar e o contexto educacional do filho.

·        Implementação de orientações: Aplicar as estratégias e recomendações do psicopedagogo em casa.

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Comunicação constante: Manter uma comunicação aberta e regular com o profissional para ajustes e progressos.

Manter uma comunicação aberta e regular com o profissional, a escola e os pais em equipe são fundamentais para o sucesso e ajustar estratégias e acompanhar os progressos das crianças e adolescentes. Compartilhar observações e preocupações contribui para um apoio mais eficaz.

8 de ago. de 2023

O impacto da pandemia nas crianças que foram alfabetizadas durante esse período.

 

Não há dados finais ou conclusivos sobre o impacto da pandemia na alfabetização das crianças a longo prazo. No entanto, é importante reconhecer que a interrupção das aulas presenciais e a transição para o ensino remoto durante a pandemia podem ter tido diversos efeitos nas crianças em relação à alfabetização.

Algumas crianças podem ter enfrentado muitos desafios devido à falta de acesso a recursos adequados, interrupções nas rotinas escolares e dificuldades em se engajar no ensino remoto. A aprendizagem da alfabetização muitas vezes requer interação direta, prática constante e apoio individualizado, o que pode ter sido mais difícil de alcançar durante esse período.

A alfabetização envolve interações sociais importantes para a prática da leitura e escrita. Aulas virtuais podem desviar a atenção e motivação das crianças.

Alunos com dificuldade de aprendizagem podem enfrentar mais desafios na aprendizagem remota, exigindo abordagens individualizadas que nem sempre são fáceis de implementar virtualmente.

Alunos que perderam parte do ensino presencial podem precisar de esforços adicionais para recuperar o atraso na alfabetização.

Por outro lado, algumas famílias e escolas podem ter encontrado maneiras criativas de continuar apoiando a alfabetização das crianças por meio de aulas online, materiais impressos e outras atividades virtuais.

Eu, como psicopedagoga, tenho observado a procura em atender crianças de várias escolas que estão apresentando dificuldade na alfabetização e que foram alfabetizadas nesse período da pandemia.

É fundamental que educadores, pais e psicopedagogo trabalhem juntos para enfrentar essas dificuldades, criando estratégias para a interação social e adaptem as abordagens de ensino para atender às necessidades específicas de cada criança.

Lembrando que cada criança é única, portanto, é importante adaptar as estratégias de acordo com suas características e progresso.


 

 

 

14 de abr. de 2020

COMO ESTUDAR COM AS CRIANÇAS EM CASA DE MANEIRA PRODUTIVA DURANTE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS



Diante da situação de pandemia que estamos enfrentando, as escolas (e não somente elas) foram obrigadas a suspenderem suas atividades presenciais. Para evitar mais prejuízos aos pais e alunos, muitas escolas estão fazendo a substituição das aulas presenciais por aulas à distância. Esse novo cenário está se apresentando de forma confusa para pais e alunos, já que estão todos passando por uma nova experiência e tendo que se adaptar à essa nova realidade que, ainda, não tem prazo para terminar.
Em cursos regulares, seja na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Universidades, essa situação é totalmente nova. Nunca antes os alunos (e também os professores) passaram pela experiência de ter as aulas presenciais substituídas e adaptadas para plataformas on-line.
Sabemos que por mais que a experiência escolar seja insubstituível na formação de um indivíduo e seja fundamental até mesmo para seu convívio social e comunitário, o momento pelo qual estamos passando também pode ser de aprendizado para todos nós.
Nesse cenário, é fundamental criar estratégias para garantir que os alunos possam continuar aprendendo de forma saudável e construtiva durante a crise, mesmo porque a educação não se resume ao simples depósito de informação na cabeça dos alunos. Cabe aos educadores fazerem dessas aulas uma construção de conhecimentos de formas mais lúdicas e criativas.
O mais ideal a ser feito seria promover conteúdos realmente significativos ao invés de se preocupar em dar todo o conteúdo programático relativo as aulas presenciais, pois isso não garantirá um bom aprendizado.
Há pais e alunos com dificuldades em realizar estas tarefas e é importante que neste momento a escola esteja ao lado das famílias e vice-versa.
Para tornar esses momentos de estudo on-line tranquilos é necessário que os alunos se organizem com as famílias para conseguirem estudar com qualidade, e para isso é excelente criar uma agenda. É importante também manter uma rotina de estudos.
O local onde o aluno vai estudar em casa também deve ser visto com atenção, pois precisa permitir que ele se concentre e foque nos estudos.
Os alunos também precisam ter paciência e os pais ao seu lado para lidar com alguns imprevistos que possam ocorrer, pois as instituições também não estavam preparadas para essa mudança.
Agora é o momento de ter um convívio e uma integração maior com a família, fortalecendo esse vínculo. É muito importante que os pais mostrem para seus filhos que eles também estão se adaptando à nova realidade. Não está sendo fácil para ninguém, porém os pais devem acompanhar, sempre que possível, as atividades escolares de seus filhos. Devem dar autonomia para eles, mas ficar por perto.
Se os alunos sentirem dificuldades com a nova metodologia ou não estiverem conseguindo utilizar os recursos adequadamente, peça ajuda aos professores e coordenadores que, com certeza, irão auxiliá-los nesse processo.
Os alunos irão sentir falta de conversar e da presença de seus amigos, então procurem manter contatos virtuais, tirar dúvidas e até estudar com eles.
Nesse momento, a união da família é muito importante para esse processo. Ouçam seus filhos, lhes transmitam tranquilidade e deem abertura para que possam demonstrar seus sentimentos. Isso irá ajudá-los a realizar seus estudos com mais sucesso.
Aproveitem essa oportunidade!

17 de mar. de 2019

PAIS: BRINQUEM E PARTICIPEM DA VIDA DE SEUS FILHOS!

 Se quisermos que nossos filhos sejam indivíduos felizes e saudáveis, precisamos ficar atentos e acompanhar o desenvolvimento deles.

Devemos prestar atenção nas necessidades das crianças e adolescentes. Conversar com eles, saber o que pensam, como estão interpretando várias situações do dia a dia e observar o meio em que estão inseridos.
Também é recomendado analisar o que comentam a respeito de seus amigos, quem são esses amigos, suas famílias, o que conversam, do que gostam, com o que sentem prazer. Converse com os amigos de seus filhos, para que saibam com quem eles estão se relacionando.
Nos dias de hoje, as crianças e os adolescentes têm muitos amigos virtuais. Procurem saber quem são esses amigos. Procure estar por perto quando eles conversam com esses amigos e interaja com eles também. Faça-se presente para que esses amigos virtuais saibam que tem um adulto supervisionando. Ao ouvir essas conversas, você irá perceber com que tipo de amigos seus filhos estão se relacionando.
Mostre aos seus filhos que quem direciona a vida deles enquanto pequenos é você, para que eles possam caminhar sozinhos com segurança, confiança, autoestima e autocontrole mais tarde.
Amar seus filhos não é dar tudo o que eles querem. Substitua esses jogos virtuais e TV por brincadeiras, músicas, passeios em família, conversas informais, jogos de tabuleiro.
Abracem, beijem, acariciem e façam cafuné neles.
Eles precisam de contato físico, de acolhimento e respeito. Com certeza eles irão desenvolver o afeto e sentir o que é o amor.
Pais: brinquem com seus filhos para que eles tenham um desenvolvimento cerebral saudável.
Pelo menos uma hora por dia brinque, leia, assista um filme, jogue e faça desse momento um tempo de qualidade e atenção para ele. Respeite para ser respeitado e mostre a importância de respeitar o próximo com sabedoria.
Não superestimule seus filhos com brincadeiras agressivas, com falas sem nenhum significado.
“Brown (1998) estudou 26 assassinos no Texas e observou que ou eles relatavam ausência do brincar ou envolviam-se nesse período da infância e adolescência, em brincadeiras agressivas, bullying, sadismo, crueldade com animais ou no caçoar externo”.
Brincadeiras saudáveis desenvolvem autoconfiança, respeito, limites, mostram que são fortes e podem lidar com os desafios que irão enfrentar no decorrer de sua vida de forma correta e com dignidade.
Fazer tudo isso não é fácil com a vida que muitos têm hoje, mas é possível e necessário. Inclusive, precisamos ficar atentos quando gritam por socorro e a sobre dor emocional que estão passando. Precisamos julgar menos e escutar mais. Precisamos nos aproximar deles com muito amor.
Mostre aos seus filhos que o mais importante é o ser e não o ter. Eles aprenderão a lidar com as frustrações e com isso irão desenvolver ferramentas internas para construir sua felicidade nas pequenas coisas.





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5 de jul. de 2017

Como os alunos estão vendo a escola nos dias de hoje.

Tenho observado no meu consultório que as crianças têm questionado o porquê tem que ir para a escola, porque existe escola e para que precisam estudar.

Um paciente de 8 anos comentou que ele não vê sentido em ir à escola porque ele só aprende o que não interessa. Para que serve tudo que aprende?

Que tem programas educativos que ele assiste que são muito mais interessantes do que o que ele aprende na escola e a professora ensina para ele.

Converso com jovens e também me surpreendo quando escuto a mesma queixa. Ir para a escola está muito pesado, desmotivador, sem nenhuma importância.

Acredito que a escola não evoluiu de acordo com o tempo. Continua com o mesmo paradigma dos séculos passados.

O problema é que o professor continua seguindo sempre o mesmo modelo e quer obter resultados diferentes.

O educador precisa fazer com que as crianças e jovens entendam que a escolarização é apenas uma parte da sua existência e que o conhecimento adquirido é para a vida toda.

A importância que hoje eles dão para a escola, ou melhor, o que aprendem na escola, levarão para sua vida de diferentes formas. Cabe a nós, educadores, mostrarmos e incentivarmos nossos alunos a descobrirem, de forma prática, que todo esse processo será útil para toda sua vida.

O que não podemos fazer e dar todo o conteúdo exigido, sem mostrar o porquê é necessário aprender esse conteúdo.

É preciso modernizar os processos de aprendizagem. Isso não tem haver com a tecnologia. Lógico que a tecnologia ajuda, mas, os livros exigem outras formas de comunicação e aprendizado que jamais podem ser substituídos pela internet.

A principal dificuldade das crianças e dos jovens está diretamente relacionada às aulas, já que o fato de estarem na escola é agradável para eles. O educador necessita visualizar melhor a dificuldade e a desmotivação que as aulas têm ocasionado para essas crianças.

O que tem acontecido é que as crianças tem que cumprir seu horário sentadas, ouvindo coisas que não as motivam e nem interessam, e isso faz com que elas escapem mentalmente, não prestem atenção, fiquem fazendo outras coisas na carteira, brincando, ou até mesmo atrapalhando os colegas. Muitos são “diagnosticados” nas escolas como TDAH.

Será que realmente existe esse transtorno em todas as crianças ou será que o conteúdo na forma que está sendo dado é que está fazendo com que essas crianças fiquem dispersas e agitadas?

Atualmente as crianças e jovens são muito mais ativos. Precisam de pequenos intervalos para levantar e se movimentarem.

O educador precisa ser humilde e assumir que não sabe tudo e que dentro da educação estamos sempre aprendendo também com nossos alunos. Sendo assim, deve se encorajar a buscar novas perspectivas na forma de ensinar e motivar seus alunos com novas estratégias e novos paradigmas.

Isso também sem esquecer de que é necessário ter um olhar para o emocional de seu aluno, porque isso é o que muitas vezes interfere mais na aprendizagem, do que só se preocupar com a parte cognitiva.

Procurar dar aulas que desenvolvam a escuta desse aluno, dialogar, provocar discussões e debater assuntos para troca de experiências e conhecimentos e passar o conteúdo através das conclusões pertinentes ao assunto abordado.

Com certeza nossas crianças e jovens ressignificarão o papel da escola e o porquê ela é importante para toda a sua vida.

(imagem retirado do google)


Sugiro assistir esse vídeo – “Quando sinto que já sei”



2 de fev. de 2017

As Aulas vão começar. Chegou a hora da adaptação das crianças nas diferentes situações.



A primeira dúvida que surge na cabeça dos pais quando a criança vai iniciar sua entrada na escola é sobre a adaptação. E nesses pensamentos aparecem algumas contradições. Ao mesmo tempo em que as mães desejam ver sua criança entrar feliz, sair correndo para brincar e aceitar bem a professora, elas sentem uma profunda dor quando isto acontece. Surgem vários sentimentos, e as mães sentem-se culpadas, com ciúmes, medo de perder seu/sua filho(a), ou que ele(a) não vai mais amá-las. Mas esses sentimentos passam rápido e as mães começam a vibrar com as novidades que surgem dia após dia.
Não dá para dizer que quando seu/sua filho(a) entra no berçário a adaptação é mais fácil, pelo fato de ele(a) ainda não falar. Ele(a) só não consegue expressar verbalmente seus sentimentos, mas também passa pela fase de adaptação. Levar objetos que a criança costuma utilizar em casa,  como uma naninha, brinquedos do berço ou bichinhos de pelúcia ajudam na adaptação. E ficar em observação se a criança está se alimentando e dormindo bem.
Para facilitar a adaptação da criança ela precisa sentir que seus pais estão tranquilos e seguros com a escola que escolheram para ela, mesmo que estejam com o coração apertado.
Não dá para negar que toda a família fica apreensiva. A criança, de repente, vai conviver com pessoas que não conhece, ter novas regras, dividir seu espaço e seus brinquedos com outras crianças.
Por isso é importante que os pais escolham a escola com que mais se identificaram, onde se sentiram seguros para deixar seu maior tesouro.
Conversar com a professora que irá ficar com seu filho a respeito do que ele gosta, seus costumes, sua rotina, também a ajudará a conhecer um pouco a criança e os pais a conhecerem um pouco mais a educadora.
A possibilidade da mãe ou de quem cuida da criança estar junto com a ela nos primeiros momentos é muito importante, mas não se deve esquecer de que a “autoridade” é da professora e a mãe está junto para auxiliá-la, se necessário, e acolher seu filho.
Outra coisa importante é não mentir para a criança. Explique que ela vai para a escola, que você vai levá-la, buscá-la e que a acompanhará no início. Fale de seus amiguinhos, da professora, de como é a escola e o que vai acontecer por lá. Mas sem exageros  para não frustrá-la.
Em hipótese alguma saia escondido da criança na fase de adaptação. Diga que irá trabalhar (ou o que irá fazer) e que depois volta para buscá-la. Pode ser que ela chore, mas vai confiar e acreditar em você, sentindo-se segura. A professora deve sempre tentar acalmar a criança e, caso ela não consiga e sinta que a criança está sofrendo, deve chamar a mãe ou o cuidador responsável. A adaptação deve ser gradativa. Quando for buscar seu/sua filho(a) é importante escutar o que ele(a) tem a dizer e perguntar o que aprendeu, mas nunca pressione se ele(a) não quiser lhe contar.
Os pais devem ter a certeza de que a escola será boa para seu/sua filho(a). Ele(a) aprenderá  a se socializar, resolver seus probleminhas, esperar um pouco para ser atendido(a), desenvolver autonomia e fazer amigos.
Serão vários os momentos em que as crianças e adolescentes passarão por adaptações e readaptações escolares. Isso não se aplica apenas à entrada em berçários, creches ou escolas. Também ocorre a adaptação nas transições do berçário para a Educação Infantil, da Educação Infantil para o Fundamental I, do Fundamental I para o II, do Fundamental II para o Ensino Médio, mudança de escolas no meio do processo, enfim, há vários momentos de adaptação e readaptação na vida escolar das crianças.
Para esse processo ser tranquilo é preciso que os pais estejam sempre ao lado de seus filhos(as).
Enfim, devemos nos colocar no lugar de nossos(as) filhos(as) para podermos auxiliá-los(as) nessas fases e transições.




7 de abr. de 2015

PAIS E EDUCADORES ESTÃO PREPARADOS PARA SABER SE A CRIANÇA É PORTADORA DE TDAH?

 Diariamente, chegam crianças e jovens às escolas com seus “rótulos”: desatentos, desmotivados, avoados, problemáticos, preguiçosos, irresponsáveis, desorganizados, rebeldes...

Esses comportamentos, dependendo da sua frequência e intensidade, são caracterizados como Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDHA) e vêm gerando muita angústia em pais, crianças, jovens e professores.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. (http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html)
Tenho atendido em meu consultório várias crianças com suspeita ou diagnóstico já concluído de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDHA). Junto com essas crianças e jovens chegam pais aflitos, inseguros, querendo saber sobre o transtorno e o que  podem fazer para seus filhos terem sucesso.
Nós, educadores, deveríamos refletir por que nossas crianças e jovens andam tão desatentos, agitados e apáticos?
Por que, cada dia mais, tantas crianças estão aparecendo em nossas escolas com esses comportamentos e logo vamos nos antecipando dizendo que são hiperativas?
Segundo Russel A. Barkley (2002), infelizmente, muitos professores são desinformados sobre o TDAH ou estão desatualizados quanto ao conhecimento do transtorno e seu controle.
Pais e professores podem juntos encontrar o melhor caminho a ser percorrido. Nem sempre há necessidade de medicamentos, existem alternativas antes de usar o medicamento. Muitas vezes uma terapia fará com que a criança aprenda a se adaptar e enfrentar suas dificuldades, além de descobrir novas formas de lidar com elas. Um acompanhamento psicopedagógico poderá ajudar a criança e o jovem a descobrir novas estratégias de aprender e estudar.
É de extrema importância que a criança seja acompanhada e diagnosticada corretamente, mesmo porque o diagnóstico é apenas um ponto de partida para dar continuidade ao tratamento.
O mais importante é que essas crianças e jovens se sintam aceitos e principalmente amados pelos pais e professores apesar de suas dificuldades e limitações, já que normalmente eles se sentem angustiados e fracassados por não conseguirem ser como seus colegas.  
Cabe ao educador buscar novas estratégias, ter mais compreensão e procurar olhar seus alunos como seres únicos que têm possibilidades de se desenvolverem, respeitando o tempo de cada um. Devemos também ficar atentos, pois nem todas as crianças e jovens agitados e desatentos são portadores de TDAH.







 (foto retirada do google)

1 de abr. de 2014

O BRINCAR NO OLHAR DA CRIANÇA E DO ADULTO

O olhar de uma criança é transparente, autêntico, singular, nele podemos ver com toda clareza suas alegrias e tristezas. Sua espontaneidade está sempre presente em tudo que ela faz.
Se observarmos as crianças por onde passamos, seja nas ruas, numa praça, na escola, poderemos percebê-las simbolizando muitos papeis, se exercitando, usando muito sua criatividade. Com certeza tudo isso está contribuindo para o seu desenvolvimento. 
A criança sempre brinca. Observa-se, frequentemente, a atividade lúdica presente enquanto comem, enquanto realizam atividades de higiene e o quanto relutam em parar de brincar para realizar estas atividades ou até mesmo para dormir. O mundo lúdico é o elo entre a realidade interna e a realidade externa, compartilhado com outras pessoas.
A verdadeira comunicação se dá neste ambiente de brincadeira. O brincar é essencial, diz Winnicott, porque é através dele que se manifesta a criatividade (WINNICOTT, 1975, p.80).
A interação lúdica relacionada com o cognitivo e o afetivo proporciona um amadurecimento emocional e vai aos poucos construindo a sociabilidade infantil.
O momento em que a criança está absorvida pelo brinquedo é um momento mágico e precioso, em que está sendo exercitada a capacidade de observar e manter sua atenção concentrada. Isso proporcionará experiência e produtividade quando adulto.
Segundo Lapierre, o adulto, na função de educador, reeducador ou terapeuta tem um papel importante no desenvolvimento infantil. Para isto ele deve ter conhecimento teórico, objetivos bem definidos e principalmente um olhar da própria vivência a fim de obter o autoconhecimento e autoconsciência, e só então poderá entender o que a criança vivencia. Desta forma, o adulto estará mais preparado para interagir com o mundo infantil, de maneira adequada às necessidades da criança, sem projetar-se.
O educador ou o adulto que está interagindo na brincadeira com uma criança deve ser também um facilitador da mesma deixando-a manifestar seu eu interior de forma espontânea e criativa, dando abertura para desenvolver sua autonomia.
É necessário que a criança adquira confiança em quem vai trabalhar com ela. Winnicott nos remete a esta questão em seu livro “O Brincar e a Realidade”, onde cita que a criança só se exprime criativamente quando brinca, e para que isto ocorra na presença do adulto, é preciso que sinta a disponibilidade do mesmo.
Vygotsky vem quebrar a dicotomia de que o mundo adulto é sério e real e que o   mundo infantil é lúdico e fantasioso. Fantasia e realidade se realimentam e possibilitam que a criança, assim como os adultos, estabeleça conceitos e relações, insira-se enquanto sujeito social. Ele sinaliza que, ao brincar, a criança não está só fantasiando, mas fazendo uma ordenação do real.
Sendo assim, o adulto ao brincar com uma criança, deve buscar sua criança interior e fazer este momento prazeroso. Deve também propiciar um ambiente que facilite suas descobertas e seu crescimento como um todo.
"Ao brincar com a criança, o adulto está brincando consigo mesmo".

(Carlos Drummond de Andrade)



2 de fev. de 2014

Dicas para pais de crianças que estão em fase de adaptação na escola


Indo pra escola
                                                      (foto retirada do google)

Esse período de adaptação é muito difícil tanto para as crianças quanto para os pais.
Toda família deve se preparar para a fase de adaptação da criança na escola, que na maioria das vezes leva apenas alguns dias, mas, para algumas crianças essa adaptação leva mais tempo.
- Orientar os pais a preparar a criança para a vinda à escola. É normal a criança ficar ansiosa e insegura, mas são os pais que, na maioria das vezes, passam essa insegurança para as crianças, porque eles também se sentem inseguros.
- Os pais devem conversar bastante com a criança, explicando-lhe o que vai ocorrer com ela, sem ocultar, mentir ou inventar histórias.
- A escola deve mostrar para os pais que essa separação apesar de dolorosa e muitas vezes causar culpa (principalmente nas mães) é necessária e logo será superada.
- O choro é frequente, mas nem sempre significa que a criança não queira ficar na escola.
- A ausência do choro não significa que a criança não esteja sentindo a separação, portanto deve ser respeitada a ansiedade da criança em ficar na escola.
- Orientar que a mãe nunca deve sair escondido da criança, pois isso causa mais insegurança.
- Cada criança é única, logo o período de adaptação de cada criança deve ser respeitado e avaliado individualmente.
- É muito importante que os pais não se atrasem para buscarem seus filhos para que eles não se sintam inseguros, achando que não voltarão para casa ou foram esquecidos.
- Quando for buscar a criança sempre pergunte como foi o seu dia, o que fez, mas, se ela não quiser comentar não force, haja com naturalidade.
- Os pais devem tentar evitar falar sobre as preocupações ou comentar na frente da criança sobre sua adaptação.
- É recomendado evitar grandes alterações durante esse período de adaptação: mudança de residência; retirada do bico ou das fraldas; mudança das mobílias do quarto da criança; etc.
- Poderão ocorrer algumas regressões de comportamento durante o período de adaptação, assim como alguns sintomas psicossomáticos como dorzinhas de barriga, vômito e até um pouco de febre.

- Aos poucos, essa fase vai trazendo segurança tanto para os pais quanto para as crianças. Os pais começam a confiar na escolha que fizeram e lidam com mais tranquilidade com a situação e percebem que essa etapa é fundamental na construção da personalidade da criança, na sua autonomia e independência.

19 de nov. de 2012

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR


O ato de brincar é uma condição essencial para o desenvolvimento da criança, pois proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção.
Através da brincadeira as crianças ultrapassam a realidade, transformando-a por meio da imaginação. Desta forma, expressam o que teriam dificuldades em realizar por meio do uso de palavras.
 A criança precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional. Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família. Posteriormente, esse grupo se amplia e inclui os colegas e a escola.
O brincar contribui para a formação de sua autonomia e sociabilidade ajudando a criança a atravessar sua infância e adolescência.
É brincando que a criança elabora o luto pela perda relativa dos cuidados maternos, descobre estratégias para enfrentar desafios, situações novas e como resolvê-las se responsabilizando pelos seus atos.
A criança busca sua independência através de conquistas no seu dia a dia e, por isso, devem ser mostrados de forma clara sua liberdade e seus limites, pois na brincadeira ela vai criar situações divertidas, e com isso vai aprender a respeitar o combinado.
É dever dos pais e educadores respeitar a necessidade da criança de brincar compreendendo que por meio da brincadeira a criança desenvolve sua saúde física e mental em todos os aspectos e interações.
Devemos refletir que “o lúdico não está nas coisas, brinquedos ou nas técnicas, como no computador, mas nas crianças, ou melhor dizendo, no homem, que as imagina, organiza e constrói”. (Oliveira; 2000).
Brincando, a criança desenvolve sua inteligência aprendendo a representar simbolicamente a sua realidade, aprendendo cada vez mais a deixar de ser o centro das atenções e colocar-se no lugar do outro, sociabilizando-se e desenvolvendo as inteligências múltiplas. O papel das instituições é criar espaço para o lúdico, pois isso contribui para mostrar a importância preventiva e curativa em relação a problemas de aprendizagem.
A brincadeira, por ser uma atividade livre e prazerosa onde aparece a fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança. A brincadeira também entra no mundo adulto através da imitação e isso também contribui para o desenvolvimento da criança, que aprende também a lidar com frustrações.
O faz de conta é extremamente rico porque favorece a separação saudável da realidade versus fantasia e integra o passado ao presente, através das lembranças, desejos e sonhos que carregam consigo, construindo a memória. O faz de conta também cria situações que auxiliam as crianças no desenvolvimento da criatividade e da autonomia. 
A dramatização também ajuda a criança a firma-se como pessoa e a externalizar sentimentos e pensamentos, inclusive ajuda a trabalhar sua agressividade e a dar vazão às possíveis necessidades de autopunição pela culpa. Possibilita assim um movimento de recuperação e de restituição da imagem de si mesmo e do outro.
Pais e educadores devem ler e contar histórias para as crianças. Os contos de fadas ajudam a criança a construir sua personalidade e contribuem para dominar seus próprios conflitos internos. Os contos tem o poder de nos fazer conhecer e compreender a nós mesmos. Pela imensa riqueza e poder de suas palavras, os contos de fadas merecem um espaço reservado em qualquer projeto político-pedagógico.

(trabalhando o livro: O Homem Biscoito)


E quanto aos jogos? Eles também contribuem para o desenvolvimento integral do sistema nervoso em seus aspectos psicomotores, cognitivos e afetivo-emocional, reflexivo e criativo.
Na fase da alfabetização os jogos e brincadeiras são excelentes formas de trabalhar com a criança para facilitar o aprendizado. Porém, muitas vezes por falta de compreensão, algumas escolas e pais não valorizam tanto o lúdico da vida da criança.
Segundo Piaget, é através da integração da criança com o brincar que ela vai construindo o seu conhecimento e promovendo suas habilidades. Cada faixa etária tem uma necessidade e um interesse diferente durante a brincadeira. 
“Professor bom não é aquele que dá uma aula perfeita, explicando a matéria. Professor bom é aquele que transforma a matéria em brinquedo e seduz o aluno a brincar. Depois de seduzido o aluno, não há quem o segure”.  (Rubem Alves)

2 de set. de 2012

A Educação e os Desafios da Atualidade



Atualmente, os desafios apresentados na educação buscam preparar o educando para enfrentar situações desenvolvendo a crítica de forma reflexiva.
Ao mesmo tempo, educar também é aprender a gerenciar valores. Não basta só ter informação e conhecimento, é necessário também trabalhar a relação escola-aluno-família, tendo-se assim a necessidade de incluir a família em suas ações.
Devemos educar de forma que nossos alunos encontrem sentido para viver e não apenas competir para conseguir um bom trabalho, passar na melhor faculdade e não estar feliz e realizado com o que está exercendo. A educação é um processo que deve encaminhar o aluno no desenvolvimento de sua autonomia e na busca de sua identidade. Esse processo deve ser iniciado na Educação Infantil, fazendo com que a criança aprenda a conviver socialmente, tornando-se um ser humano participativo.
Para que isso se concretize realmente na escola, devemos olhar para nossos alunos como um ser humano integral, respeitando sua individualidade e combatendo a exclusão social. Também deve existir uma reformulação e uma resignificação em suas propostas pedagógicas de forma geral. Nesse sentido, é necessário que o olhar para o ensino-aprendizagem e até na avaliação considere a realidade individual de cada aluno. A educação inclusiva é uma proposta de ensino democrático cuja proposta é que todos possam ter  acesso  a  um  sistema educacional, não importa quão diferente se é.
Mas, para isso, é necessário que os professores mudem suas atitudes, que estejam abertos às novas tecnologias, linguagens e capacitações, sem perder as suas raízes, seus valores, sua vivência. Acima de tudo, os professores não podem se esquecer de que são educadores e precisam preparar seus alunos para a vida em sociedade, buscando sempre a felicidade e oferecendo respostas adequadas às suas características e necessidades.
Todavia, o educador não pode atuar nesse processo sozinho. Ele precisa do apoio pedagógico da escola e da participação da família. Por isso que o projeto político-pedagógico da escola é essencial e tem que ser significativo para o professor que ensina e precisa atingir o aluno que aprende.
A escola precisa criar um cotidiano buscando a inclusão, mas de forma participativa e dinâmica, de modo que favoreça todos os alunos desenvolvendo seu crescimento como um ser humano reflexivo, que consiga se integrar na sociedade produzindo dentro dos seus limites, sabendo valorizar sua potencialidade e, enfim, se torne um ser humano produtivo e feliz.  







( VÍDEO RETIRADO DO YOU TUBE)