Não há dados finais ou conclusivos sobre o impacto da
pandemia na alfabetização das crianças a longo prazo. No entanto, é importante
reconhecer que a interrupção das aulas presenciais e a transição para o ensino
remoto durante a pandemia podem ter tido diversos efeitos nas crianças em
relação à alfabetização.
Algumas crianças podem ter enfrentado muitos desafios devido
à falta de acesso a recursos adequados, interrupções nas rotinas escolares e
dificuldades em se engajar no ensino remoto. A aprendizagem da alfabetização
muitas vezes requer interação direta, prática constante e apoio
individualizado, o que pode ter sido mais difícil de alcançar durante esse
período.
A alfabetização envolve interações sociais importantes para a
prática da leitura e escrita. Aulas virtuais podem desviar a atenção e
motivação das crianças.
Alunos com dificuldade de aprendizagem podem enfrentar mais desafios
na aprendizagem remota, exigindo abordagens individualizadas que nem sempre são
fáceis de implementar virtualmente.
Alunos que perderam parte do ensino presencial podem precisar
de esforços adicionais para recuperar o atraso na alfabetização.
Por outro lado, algumas famílias e escolas podem ter
encontrado maneiras criativas de continuar apoiando a alfabetização das
crianças por meio de aulas online, materiais impressos e outras atividades
virtuais.
Eu, como psicopedagoga, tenho observado a procura em atender
crianças de várias escolas que estão apresentando dificuldade na alfabetização
e que foram alfabetizadas nesse período da pandemia.
É fundamental que educadores, pais e psicopedagogo trabalhem
juntos para enfrentar essas dificuldades, criando estratégias para a interação
social e adaptem as abordagens de ensino para atender às necessidades
específicas de cada criança.
Lembrando que cada criança é única, portanto, é importante
adaptar as estratégias de acordo com suas características e progresso.