2 de fev. de 2017

As Aulas vão começar. Chegou a hora da adaptação das crianças nas diferentes situações.



A primeira dúvida que surge na cabeça dos pais quando a criança vai iniciar sua entrada na escola é sobre a adaptação. E nesses pensamentos aparecem algumas contradições. Ao mesmo tempo em que as mães desejam ver sua criança entrar feliz, sair correndo para brincar e aceitar bem a professora, elas sentem uma profunda dor quando isto acontece. Surgem vários sentimentos, e as mães sentem-se culpadas, com ciúmes, medo de perder seu/sua filho(a), ou que ele(a) não vai mais amá-las. Mas esses sentimentos passam rápido e as mães começam a vibrar com as novidades que surgem dia após dia.
Não dá para dizer que quando seu/sua filho(a) entra no berçário a adaptação é mais fácil, pelo fato de ele(a) ainda não falar. Ele(a) só não consegue expressar verbalmente seus sentimentos, mas também passa pela fase de adaptação. Levar objetos que a criança costuma utilizar em casa,  como uma naninha, brinquedos do berço ou bichinhos de pelúcia ajudam na adaptação. E ficar em observação se a criança está se alimentando e dormindo bem.
Para facilitar a adaptação da criança ela precisa sentir que seus pais estão tranquilos e seguros com a escola que escolheram para ela, mesmo que estejam com o coração apertado.
Não dá para negar que toda a família fica apreensiva. A criança, de repente, vai conviver com pessoas que não conhece, ter novas regras, dividir seu espaço e seus brinquedos com outras crianças.
Por isso é importante que os pais escolham a escola com que mais se identificaram, onde se sentiram seguros para deixar seu maior tesouro.
Conversar com a professora que irá ficar com seu filho a respeito do que ele gosta, seus costumes, sua rotina, também a ajudará a conhecer um pouco a criança e os pais a conhecerem um pouco mais a educadora.
A possibilidade da mãe ou de quem cuida da criança estar junto com a ela nos primeiros momentos é muito importante, mas não se deve esquecer de que a “autoridade” é da professora e a mãe está junto para auxiliá-la, se necessário, e acolher seu filho.
Outra coisa importante é não mentir para a criança. Explique que ela vai para a escola, que você vai levá-la, buscá-la e que a acompanhará no início. Fale de seus amiguinhos, da professora, de como é a escola e o que vai acontecer por lá. Mas sem exageros  para não frustrá-la.
Em hipótese alguma saia escondido da criança na fase de adaptação. Diga que irá trabalhar (ou o que irá fazer) e que depois volta para buscá-la. Pode ser que ela chore, mas vai confiar e acreditar em você, sentindo-se segura. A professora deve sempre tentar acalmar a criança e, caso ela não consiga e sinta que a criança está sofrendo, deve chamar a mãe ou o cuidador responsável. A adaptação deve ser gradativa. Quando for buscar seu/sua filho(a) é importante escutar o que ele(a) tem a dizer e perguntar o que aprendeu, mas nunca pressione se ele(a) não quiser lhe contar.
Os pais devem ter a certeza de que a escola será boa para seu/sua filho(a). Ele(a) aprenderá  a se socializar, resolver seus probleminhas, esperar um pouco para ser atendido(a), desenvolver autonomia e fazer amigos.
Serão vários os momentos em que as crianças e adolescentes passarão por adaptações e readaptações escolares. Isso não se aplica apenas à entrada em berçários, creches ou escolas. Também ocorre a adaptação nas transições do berçário para a Educação Infantil, da Educação Infantil para o Fundamental I, do Fundamental I para o II, do Fundamental II para o Ensino Médio, mudança de escolas no meio do processo, enfim, há vários momentos de adaptação e readaptação na vida escolar das crianças.
Para esse processo ser tranquilo é preciso que os pais estejam sempre ao lado de seus filhos(as).
Enfim, devemos nos colocar no lugar de nossos(as) filhos(as) para podermos auxiliá-los(as) nessas fases e transições.




2 de mar. de 2016

O olhar da Psicopedagogia no processo de aprendizagem.

O olhar psicopedagógico no processo de aprendizagem do aluno é com relação a preocupação de promover um crescimento cognitivo  e construir competências e habilidades de utilização permanente nas suas vidas. Sendo assim, o professor deve compreender que o conhecimento que ele pretende transmitir é um processo de construção que leva ao alcance dos seus objetivos e “provoca” a cognição dos seus alunos.

Para isso deverá pensar em estratégias que busquem a melhor forma de construir esse conhecimento, sempre refletindo que cada aluno tem a sua forma de aprender e que não existe um modelo de aprendizagem. Portanto, cabe ao professor variar nas estratégias, pois dessa forma atingirá todos seus alunos nas suas diferenças individuais no que se refere a aprendizagem.

O aluno aprenderá com mais facilidade quando sente prazer no ato de aprender, quando o conteúdo possui um significado para sua vida. É neste momento que entra a criatividade do professor para organizar experiências de aprendizagem significativas, envolventes, que atinjam o interesse dos alunos.

Uma excelente alternativa para a aprendizagem é quando os alunos vivenciam e experimentam na prática o conteúdo. Isso facilita a compreensão das bases teóricas. Além disso, partir da prática para a teoria facilita a compreensão e evita a memorização sem compreensão do conteúdo.

A psicopedagogia valoriza muito o componente afetivo para a aprendizagem. Para o educador conseguir usar a prática antes da teoria, não pode faltar o desejo de aprender e o desejo de ensinar. Com materiais simples e com muita criatividade, professores e alunos podem construir mecanismos de grande utilidade para a aprendizagem.

Quando um aluno apresenta dificuldades na aprendizagem, segundo a psicopedagogia, o educador tem que ter a sensibilidade de resgatar a autoestima do aluno, pois, ninguém consegue aprender se não se sentir valorizado  e tiver o desejo de aprender e acreditar nas suas possibilidades. O educador não deve esquecer que um instrumento positivo é o elogio. Elogiar reforça o interesse e o sucesso na aprendizagem.

A psicopedagogia tem como objetivo buscar uma melhor compreensão do processo de aprendizagem, ou seja, contribuir na busca de soluções para a difícil questão do problema de aprendizagem.






16 de mai. de 2015

OS BENEFÍCIOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA CRIANÇA

Hoje o ser humano moderno distorce as condições normais para o desenvolvimento da consciência da criança. Está tudo muito acelerado e não se dá à criança a liberdade dela se desenvolver dentro de sua capacidade individual de maneira saudável e produtiva. Além disso, a criança recebe uma quantidade imensa de informações que não consegue assimilar porque lhe falta vivência.
      A relação da mãe com o bebê contribuirá positivamente para a descoberta e o desenvolvimento adequado da consciência corporal. Quando eles brincam, a criança começa a vivenciar algumas de suas correlações sensório-motoras. Nesse processo ela também começa a ser capaz de usar sua imaginação de uma maneira espacial e temporal que irá trazer muito benefícios em todo seu desenvolvimento.
     A interação entre mãe e bebê é muito importante. Deve-se estabelecer diálogo com o bebê, músicas, brincadeiras e atividades lúdicas que fazem com que o bebê seja estimulado por meio do contato direto com a mãe, desenvolvendo a estimulação cognitiva e psicomotora.
     O desenvolvimento motor é muito importante para a criança desde seu nascimento até a formação completa de sua maturidade. Todos os movimentos estão interligados, por isso o estímulo deve estar presente em todas as fases desse desenvolvimento para uma assimilação positiva de sua aprendizagem desde os primeiros meses de vida.
     Se o desenvolvimento não for bem trabalhado, desenvolvido e interiorizado, as crianças começam a apresentar as dificuldades, problemas nas adaptações escolares e todo o processo de sua aprendizagem escolar passa a ser comprometido.
      Os aspectos psicomotores são necessários para uma interação da criança  na fase infantil, e se bem trabalhados darão frutos positivos, porém, se interrompidos ou mal trabalhados podem resultar em falhas, apreensões, dificuldades ou mesmo desencadear um distúrbio, que levará a dificuldades em sua aprendizagem.
      A educação psicomotora é formadora de uma base indispensável a toda criança, pois objetiva assegurar o seu desenvolvimento funcional. Os fatores psicomotores se interrelacionam, favorecendo cuidados ao desenvolvimento psicomotor humano desde muito cedo. (Le BOULCH, 1972, p.28)
      Le Boulch (1987) sinaliza que a educação psicomotora pode ser evidenciada como uma educação de base na primeira infância, em que favorece a criança a tomar consciência de seu corpo, no tempo e no espaço, possibilitando assim adquirir melhor a coordenação de seus gestos e movimentos, e se conduzida adequadamente, pode prevenir dificuldades de aprendizagem.

     A prática psicomotora educa a criança a se movimentar durante todas as fases da sua vida, e com isso contribui para sua formação e estruturação do esquema corporal. É através do corpo que a criança descobre o mundo, experimenta diversas situações e sensações, além de ampliar suas descobertas de como agir.