15 de out. de 2022

Ser professor.

 

Ser professor é plantar uma sementinha em cada aluno no solo do saber e criar possibilidades.

Dar os melhores nutrientes para cada um desenvolver sua plantinha de acordo com seu tempo.

 Regá-la com muita paciência, dedicação, amor e atenção.

E cada flor e fruto dessa plantinha é gratificante, porque ele sabe que participou desse processo até sua colheita.


Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. (Augusto Cury)




 

 


15 de abr. de 2022

Como os educadores devem lidar com os alunos que chegam de volta para as aulas presenciais

 

Após quase dois anos de ensino remoto, os alunos estão chegando no ensino presencial com muitas dificuldades, defasagens, ritmos diferentes de aprendizagem e, principalmente, com aspectos socioemocionais abalados.

As crianças voltaram para a escola com muita alegria, mas também com muito medo, insegurança, e questionamentos como por exemplo, como abraçar seus colegas ou beijar a professora depois de tudo isso?

A escola tem responsabilidade com a formação integral desses estudantes e as competências socioeducacionais precisam ser trabalhadas e desenvolvidas, mas, não é fácil para os educadores lidarem com toda essa responsabilidade. Eles receberam crianças e adolescentes com uma realidade muito diferente da que vivíamos antes da pandemia. Nesse cenário, os educadores têm que olhar com muita dedicação as dificuldades cognitivas e o comportamento socioemocional de cada aluno, saber lidar com individualidade, pois cada um teve, nesse período, realidades muito diferenciadas. Precisam ter estratégias para conseguirem atingir as competências socioeducacionais para, de maneira paralela, irem desenvolvendo a aprendizagem cognitiva.

As crianças ficaram dois anos sem contatos presenciais e perderam o hábito de esperar o outro falar, respeitar a opinião do outro, sentir empatia diante das situações, muitas vezes inesperadas, e isso restringiu as trocas de experiências, que são fundamentais no convívio escolar. 

Cabe ao educador ter muita sensibilidade para resgatar esses comportamentos nas crianças e adolescentes com propostas diferenciadas, porque cada criança e adolescente está aprendendo e lidando a situação do seu jeito. Acima de tudo, os alunos precisam sentir confiança nos seus educadores, agora muito mais do que antes.

Se necessário, família e escola podem buscar ajuda de profissionais capacitados, tais como psicólogos e psicopedagogos. Buscar essa parceria pode ser produtivo para auxiliar a desenvolver nesses alunos um novo significado nas competências socioemocionais e na aprendizagem.

Hoje a escola se tornou um espaço de reencontro, de ressocialização e de resgate pedagógico, um lugar onde precisa existir muito afeto e atenção. Ela proporciona a alegria do reencontro, o prazer em estar junto aos amigos e educadores, um local de muitas trocas e aprendizados e não apenas de obrigações referentes a notas.

 

                                                 (foto retirada do https://pixabay.com/pt/ )

20 de set. de 2021

Volta às aulas presenciais. Como ajudar na readaptação das crianças e adolescentes a essa nova realidade?

 Diante do cenário do aumento da população imunizada somado ao fato de muitos pais já terem voltado a trabalhar presencialmente, as famílias foram sentindo a necessidade de as crianças voltaram para as escolas. Além disso, há a questão do convívio social, que é extremamente importante para todas as crianças. Porém, famílias e escolas estão com dificuldades em readaptar essas crianças ao retorno para as aulas presenciais.

Muitas crianças, principalmente na educação infantil estão sentindo mais dificuldade em se adaptar, pois muitas delas nem lembram como era conviver socialmente e algumas nem tiveram a oportunidade dessa convivência.

Nós adultos, família e educadores temos que ter muita paciência e entender a individualidade de cada criança e adolescente. Cada uma vai demonstrar sua dificuldade em se adaptar novamente a essa realidade atual. A família e a escola sempre devem caminhar juntas para que essa adaptação seja tranquila e segura. Acima de tudo, as crianças precisam se sentir acolhidas e não julgadas.

Um fator importante a se considerar é saber como cada família enfrentou a pandemia, se houve perdas na família, perdas financeiras, como foi explicada toda essa situação da pandemia para seus filhos e qual orientação eles receberam. Não podemos nos esquecer de que cada criança é única, logo, cada uma vai ter um comportamento próprio de acordo com o impacto que ela sentiu.

O papel da família para colaborar com essa readaptação é  conversar com as crianças e adolescentes sobre as necessidades de higienização, uso e troca da máscara e sobre o distanciamento social. Eles se adaptam muito mais fácil do que nós adultos, mas, é importante criar uma rotina, fazer combinados e sempre pedir ajuda das crianças e adolescentes. Eles irão se sentir mais tranquilos, acolhidos e seguros, sendo assim a readaptação mais fácil.

Procure entender as emoções das crianças, sem cobrar ou questionar. Se eles perceberem que os adultos que estão convivendo com eles estão seguros, eles também se sentirão mais seguros.

A parceria com a escola também é muito importante para os alunos maiores, que já tem conteúdos didáticos, pois eles irão sentir, além da readaptação social, a readaptação da aprendizagem presencial, que já ficou muito distante da realidade que eles estavam acostumados. Isso pode acontecer principalmente para aqueles que iniciaram a fase da alfabetização.

Nesses casos, se as crianças e adolescentes não conseguirem acompanhar o ensino e isso persistir mais do que o esperado, as escolas devem orientar os pais para procurarem uma ajuda profissional. Pode ser um psicólogo, caso tenha problemas emocionais ou um psicopedagogo, caso haja dificuldade na aprendizagem ou atraso em relação ao conteúdo programático.

O importante é o olhar da família e da escola, observando individualmente o comportamento e o desenvolvimento gradativo das crianças e adolescentes nessa nova realidade.